domingo, 17 de maio de 2020


MEMÓRIAS DE UM MENINO...
O E.C. ACADÊMICOS, do saudoso "seu" João Japonês.
     
E.C. Acadêmicos - 1974
Corriam os anos 70. O futebol brasileiro vivia o seu momento mágico com a conquista do Tricampeonato do Mundo, no México. Eu era garoto e me lembro bem como era eufórico o nosso futebol. Nessa época, Severínia era uma cidade pacata e bem pequena. A praça da matriz, o bosque, o grupo escolar, um hospital desativado, o clube recreativo, a praça de esportes, o cinema, o posto da rodovia ( do "seu" Amélio), a estação ferroviária já desativada e o velho campo de futebol Dr. José Souza de Morais. Esse, por sua vez, já havia cedido boa parte da sua área à construção das piscinas do clube recreativo. E, assim, com a sua dimensão bem reduzida do original, os gols invertidos do que era antes, um do lado da rua Maranhão, atualmente a rua Profª Nair de Almeida  e o outro do lado dos laranjais da fazenda Bule. O velho campo já não era mais nem sombra do deu passado glorioso. Na foto identificamos, da esquerda para a direita, as seguintes pessoas: "seu" João, "seu" Dorival Bravo, Serrinha, Natalina, Carlão, Anízio, Milton Marroco, Gonçalo, Furigão, Filó, Maria Helena Rossi, Pingo, Celí, Jairzinho, Dega, Grilo, Zé Grandão, o Prefeito "seu" Jovelino, Dirce Fonseca,Quinca, Edgar, Ditão, Nandão e Ubaldino. Na frente agachados e no mesmo sentido estão: Raquete, o menino Gilberto Bravo e o Pio.   
       Porém, nessa época havia em Severínia um policial militar (Sr. João Haiashida) apaixonado pelo futebol. Era um Corintiano "roxo", um abnegado incentivador do esporte "bretão" em nossa terra. E entre os anos de 1972 e 1975 mantinha um time de futebol que representava a cidade: o E.C. Acadêmicos. Nesse tempo, os muros estavam bem danificados. Boa parte deles estavam caídos. Os vestiários destelhados, sem banheiro e com apenas uma torneira para o pessoal beber água. Mas, isso era o de menos. A paixão pelo futebol era maior que tudo. O importante eram os jogos que animavam os domingos, em sua tardes. E para angariar recursos para o pagamento da "garantia" (valor em dinheiro) que se dava ao time visitante, o "seu" João, muitas vezes, pagava do seu próprio bolso para arrumar parte dos muros de frente do campo, fechava com lonas, para poder vender ingressos e ter alguma renda para os gastos. E como citei, anteriormente, eu ainda garoto, para poder entrar no campo e assistir aos jogos, fazia o trabalho de riscagem do gramado, juntamente, com outros meninos. Essa marcação era feita naquele tempo com cal.
             
Panorâmica do gol de entrada.
Muitas foram as equipes de futebol de nossa região que ali jogaram diante do Acadêmicos. Até equipes de São Paulo, o "Seu" João trazia, como, Guarulhos, Osasco. E o seu time era tão aguerrido quanto ele, nunca se dando por vencido(a). Lembro-me com se fosse hoje dos jogadores que envergavam a camisa acadêmica. O primeiro quadro formava com Anízio ( ou Toco), Gonçalo (Tonicão), Nevinho (Zé Grandão), Edgar (Milton Marrocos) e Raquete; Ditão (Mazola), Jairzinho, João Carlos ( ou Pio); Cely ( ou Carlinhos Sichieri), Dega (ou Babalú) e Diorandes (ou Tião Mineiro). Outros também atuavam, tais como, Zé Dutra, os irmãos Jonas e Joel, Chiquinho, Gabriel, Dedeco, e o pessoal de Olímpia , o Dodei, Grilo, Pivé, além dos já citados Edgar, Ditão, Pio e Diorandes, todos iam jogar no time do "Seu" João. O segundo quadro era comandado pelo Ubaldino e tinha os seguintes jogadores: Filó ( ou Farabutti); Garrincha ( ou Zé da Binga), Ferreira, Carlão e Serrinha; Salvador ( Girassol), Gustavo (ou Bertinho), Neto ( ou Quinca), Gabriel ( Valdomiro), Dedeco e Agnaldo (Pingo). 
             
Panorâmica geral do campo. A direita
as piscinas do C.R.Severínia.
A partir de 1975, começou a construção do campo novo que hoje leva o nome do saudoso prefeito na época, o Sr. Jovelino José Lopes. E o campo velho foi desativado, sendo boa parte dele incorporada as piscinas do C.R.S. e outra parte loteada. E, assim, o Acadêmicos passou a jogar somente fora de Severínia e com a volta do "Seu" João para Olímpia, o time se desfez.
              Aqui fica o registro de uma época memorável, uma lembrança e uma singela homenagem a todos os jogadores e ao Sr. João Japonês, pessoas que marcaram história na primeira metade da década de 70, em Severínia. 


Redação de J. Maurício.
As imagens panorâmicas foram feitas por mim.


"Se DEUS é por NÓS quem será contra NÓS"

2 comentários:

  1. Parabens J Maurício,sua dedicação foi muito linda nessa história ,muito obrigado pela homenagem que vc fez para o meu Pai👋👋👋👋👋👋👋🙌🙏

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  2. Roberto Rivelino...me lembro de você garotinho, em Severínia. E o seu Pai, o saudoso "Seu" João Japonês, como era conhecido por todos, na SEVERÍNIA do início dos Anos 70, é uma eterna lembrança e saudade. Como eu disse, são memórias de um menino, que era eu...e que DEUS reserve sempre um ótimo lugar para o "Seu" João, seu Pai, lá na outra dimensão. Porque a Vida continua...
    Um ABRAÇO!!!

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