MEMÓRIAS DE UM MENINO...
O E.C. ACADÊMICOS, do saudoso "seu" João
Japonês.
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E.C. Acadêmicos - 1974 |
Corriam os anos 70. O futebol
brasileiro vivia o seu momento mágico com a conquista do Tricampeonato do Mundo, no México. Eu era garoto e me lembro bem como era eufórico o nosso futebol.
Nessa época, Severínia era uma cidade pacata e bem pequena. A praça da matriz,
o bosque, o grupo escolar, um hospital desativado, o clube recreativo, a praça
de esportes, o cinema, o posto da rodovia ( do "seu" Amélio), a
estação ferroviária já desativada e o velho campo de futebol Dr. José Souza de
Morais. Esse, por sua vez, já havia cedido boa parte da sua área à construção
das piscinas do clube recreativo. E, assim, com a sua dimensão bem reduzida do
original, os gols invertidos do que era antes, um do lado da rua Maranhão,
atualmente a rua Profª Nair de Almeida e o outro do lado dos
laranjais da fazenda Bule. O velho campo já não era mais nem sombra do deu
passado glorioso. Na foto identificamos, da esquerda para a direita, as seguintes pessoas: "seu" João, "seu" Dorival Bravo, Serrinha, Natalina, Carlão, Anízio, Milton Marroco, Gonçalo, Furigão, Filó, Maria Helena Rossi, Pingo, Celí, Jairzinho, Dega, Grilo, Zé Grandão, o Prefeito "seu" Jovelino, Dirce Fonseca,Quinca, Edgar, Ditão, Nandão e Ubaldino. Na frente agachados e no mesmo sentido estão: Raquete, o menino Gilberto Bravo e o Pio.
Porém, nessa época havia em Severínia um
policial militar (Sr. João Haiashida) apaixonado pelo futebol. Era um Corintiano "roxo",
um abnegado incentivador do esporte "bretão" em nossa terra. E entre
os anos de 1972 e 1975 mantinha um time de futebol que representava a cidade:
o E.C.
Acadêmicos. Nesse tempo, os muros estavam bem danificados. Boa parte deles estavam
caídos. Os vestiários destelhados, sem banheiro e com apenas uma torneira para
o pessoal beber água. Mas, isso era o de menos. A paixão pelo futebol era maior
que tudo. O importante eram os jogos que animavam os domingos, em sua tardes. E
para angariar recursos para o pagamento da "garantia" (valor em
dinheiro) que se dava ao time visitante, o "seu" João, muitas vezes,
pagava do seu próprio bolso para arrumar parte dos muros de frente do campo,
fechava com lonas, para poder vender ingressos e ter alguma renda para os
gastos. E como citei, anteriormente, eu ainda garoto, para poder entrar no
campo e assistir aos jogos, fazia o trabalho de riscagem do gramado,
juntamente, com outros meninos. Essa marcação era feita naquele tempo com cal.
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Panorâmica do gol de entrada. |
Muitas foram as equipes
de futebol de nossa região que ali jogaram diante do Acadêmicos. Até equipes de
São Paulo, o "Seu" João trazia, como, Guarulhos, Osasco. E o seu time
era tão aguerrido quanto ele, nunca se dando por vencido(a). Lembro-me com se
fosse hoje dos jogadores que envergavam a camisa acadêmica. O primeiro quadro
formava com Anízio ( ou Toco), Gonçalo (Tonicão), Nevinho (Zé Grandão), Edgar (Milton Marrocos) e
Raquete; Ditão (Mazola), Jairzinho, João Carlos ( ou Pio); Cely ( ou Carlinhos
Sichieri), Dega (ou Babalú) e Diorandes (ou Tião Mineiro). Outros também
atuavam, tais como, Zé Dutra, os irmãos Jonas e Joel, Chiquinho, Gabriel, Dedeco, e o pessoal de Olímpia , o Dodei, Grilo, Pivé, além dos já citados Edgar, Ditão, Pio e
Diorandes, todos iam jogar no time do "Seu" João. O
segundo quadro era comandado pelo Ubaldino e tinha os seguintes jogadores: Filó
( ou Farabutti); Garrincha ( ou Zé da Binga), Ferreira, Carlão e Serrinha;
Salvador ( Girassol), Gustavo (ou Bertinho), Neto ( ou Quinca), Gabriel (
Valdomiro), Dedeco e Agnaldo (Pingo).
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Panorâmica geral do campo. A direita as piscinas do C.R.Severínia. |
A partir de 1975,
começou a construção do campo novo que hoje leva o nome do saudoso prefeito na
época, o Sr. Jovelino José Lopes. E o campo velho foi desativado, sendo boa
parte dele incorporada as piscinas do C.R.S. e outra parte loteada. E, assim, o
Acadêmicos passou a jogar somente fora de Severínia e com a volta do
"Seu" João para Olímpia, o time se desfez.
Aqui fica o registro de
uma época memorável, uma lembrança e uma singela homenagem a todos os jogadores
e ao Sr. João Japonês, pessoas que marcaram história na primeira metade da
década de 70, em Severínia.
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Redação de J. Maurício. As imagens panorâmicas foram feitas por mim.
"Se DEUS é por NÓS quem será contra NÓS"
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Parabens J Maurício,sua dedicação foi muito linda nessa história ,muito obrigado pela homenagem que vc fez para o meu Pai👋👋👋👋👋👋👋🙌🙏
ResponderExcluirRoberto Rivelino...me lembro de você garotinho, em Severínia. E o seu Pai, o saudoso "Seu" João Japonês, como era conhecido por todos, na SEVERÍNIA do início dos Anos 70, é uma eterna lembrança e saudade. Como eu disse, são memórias de um menino, que era eu...e que DEUS reserve sempre um ótimo lugar para o "Seu" João, seu Pai, lá na outra dimensão. Porque a Vida continua...
ResponderExcluirUm ABRAÇO!!!