sexta-feira, 26 de março de 2021

ADALBERTO, dos campinhos de SEVERÍNIA ao futebol profissional.   

Arquivo de Adalberto
         Na primeira metade da década de 70, vivíamos uma grande euforia no futebol brasileiro. A conquista do Tricampeonato do mundo no México era motivo de grande alegria e o sonho de todo garoto em jogar futebol. Assim, não era diferente com o menino Adalberto, ou  o DÁ, como o chamávamos, respeitosamente.

Time do Grupo Escolar
José Severino de Almeida 
Em pé da Esq/dir.: Valmir, Bídia, Amaury, Deley,
Adalberto e Luís Carlos;
Agachados e no mesmo sentido: Cafú,
Romildinho, Camilo, Branco e Cacau
e o Prof. e diretor Sr. Luís Vilela.
Arquivo de Adalberto

   








Adalberto, desde a adolescência, era um jogador diferenciado. Dono de uma técnica refinada e uma força física espetacular ele brilhava nas partidas e todos queriam tê-lo jogando ao seu lado. Marcá-lo era uma tarefa árdua, quase impossível. Era mais conveniente jogar no seu time, pois a chance de vitória era grande. Por volta dos 12 a 13 anos já participava do primeiro quadro (time) de uma equipe de futebol rural daquela época (Nata). Era levado por um grande admirador do seu futebol ( o Escurinho) para jogar lá. Esse rapaz era irmão de um funcionário que trabalhava na farmácia do seu avô (o saudoso Sr. Osvaldo Augusto Antunes) emérito farmacêutico na SEVENIA daquele tempo.  Adalberto era um corintiano apaixonado quando adolescente. E nunca escondeu o sonho de ser um jogador de futebol profissional. Chegou a fazer teste no juvenil da Portuguesa de Desportos. Mas acabou indo para a capital do café, Londrina, em 1978.  Na cidade paranaense logo encantou e se tornou querido de todos. Não era para menos. Além de atleta era um exímio futebolista. Um Craque na acepção mais pura da palavra. Nos anos de 1978, 1979 e 1980 foi o artilheiro do júnior do Londrina, com 78 gols, e participou da seleção paranaense. Em 1980 jogou pelo Ginásio Pinhalense. Em 1981 voltou ao Londrina, onde foi campeão paranaense pelo time profissional. Em 1982 defendeu o Operário (PR) e foi artilheiro da equipe no campeonato paranaense. No mesmo ano foi campeão mato-grossense pelo Operário (MT) e vice-artilheiro. Em 1983, atuou pelo Rondonópolis (MT); em 1984 defendeu o São Bento de Sorocaba; em 1985 retorna ao Londrina EC, onde foi artilheiro do Tubarão (1985/86). Em 1987, foi artilheiro do campeonato paranaense com 14 gols. Nos anos de 1985/1986/1987, respectivamente, esteve na seleção paranaense principal.           

 Crédito: Arquivo da S.E. Palmeiras
Em pé: Zetti, Toninho, Diogo, Célio, Márcio
e Gérson Caçapa. Agachados: Tato, Edu,
Rodinaldo, Adalberto e Mauro
.

         O sucesso de Adalberto foi tão grande que logo despertou o interesse da S. E. PALMEIRAS, clube que o contratou em 1987.  No Verdão, participou da primeira Copa União e fez parte de um elenco que contava com: Zetti, Diogo, Márcio Alcântara, Lino, Edu Manga, Tato, Rodinaldo e Ditinho, entre outros. Adalberto fez grandes partidas, mas teve a infelicidade de sofrer contusão  que o atrapalhou na sua carreira pelo alviverde de Parque Antártica. Em 1988, é contratado pelo EC Internacional, de Porto Alegre, onde também permanece por uma temporada. Em 1989 vai defender as cores do Novorizontino (SP) e, no mesmo ano, se transfere para o Ceará EC, onde foi campeão estadual. Em 1991, volta ao futebol paranaense defendendo as cores do Sport Campo Mourão. No ano de 1992 retorna ao Londrina. No mesmo ano vai, novamente, para o futebol gaúcho defendendo o Esportivo de Bento Gonçalves e, em 1993, retorna ao futebol paulista encerrando a carreira no Corinthians, de Presidente Prudente. Como treinador esteve no NICHICA, de Londrina (1994/95) e no Centro de Futebol ZICO (1997/2001), Cianorte, União de Rondonópolis, Londrina, Cincão de Londrina e Apucarana (todos na categoria de base). Essa foi a sua trajetória durante 17 anos no futebol profissional.

              ADALBERTO de Jesus Silva Filho é um representante de SEVENIA que brilhou e, ainda, é destaque no mundo da bola. Atualmente, possui um alojamento, onde, reúne jogadores de várias regiões do Brasil e disputa campeonatos pela BELO ESPORTES, em Londrina. São garotos de 11 a 16/17 anos, que participam do campeonato paranaense juvenil e, conforme se destacam, vão sendo encaminhados para outros clubes do país.

               Essa é a história do nosso conterrâneo  ADALBERTO, um ilustre severinense no mundo do futebol. Orgulho de SEVENIA.

 Informações concedidas por ADALBERTO.

Redação de J. Maurício


"Se DEUS é por Nós, quem será contra Nós?"



Um comentário:

  1. Sensacional! Me lembro de vê-lo jogando pelo Palmeiras... Parabéns, Maurício, por manter vivas as lembranças de nossa cidade!

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