Heitor...da bola ao rol da música... um filho de Severínia.  

Heitor...cantor.

Os gêmeos Maurina e Mário (Heitor)
nos braços da Mãe, 
Dona Bárbara (Babi).

   A história que a gente conta aqui é de um amigo de longa data.  Trata-se de Mário Furigo como  o chamávamos em nossa adolescência, hoje o cantor Heitor. Natural do município de Severínia, Mário viveu tanto na cidade quanto no campo, nos sítios ou fazendas dessa municipalidade e vizinhança. Isso era comum numa época em que grande parte da população ainda residia em áreas rurais. E Severínia não era diferente.  Uma cidade bem pequena e que dependia muito do trabalho na agricultura.  Era um tempo difícil, mas com todas as adversidades da época Mário sempre conciliou isso aos estudos. E foi assim na escola e nos campinhos de futebol da nossa querida Severínia, na primeira metade dos anos 70 (por volta de 1973), que nos conhecemos. Éramos estudantes no Ginásio Estadual de Severínia e a bola era a nossa paixão. Assim, nos campinhos da nossa querida cidade a amizade surgiu. Houve um tempo em que o Mário morou com o avô, em Severínia, pois sua família havia se mudado para São Paulo. Nessa época o  nosso contato era mais frequente. Era no bar do seu avô, o saudoso “Seu” João Furigo, que fazíamos os sorteios dos times, as tabelas dos torneios e a compra dos guaranás. Essa era a premiação à equipe vencedora. Cada jogador levava um refrigerante. O campinho no jardim da extinta estação ferroviária era o local preferido das nossas disputas. Ao final, era uma verdadeira confraternização. O que mais importava era a competição, era o ato de jogar bola. Bons tempos e que saudade.   

CLIQUE sobre os nomes e ouça... 
HEITOR & HENRIQUE - 1993

Retornando à época do Ginásio Estadual de Severínia ( o GES), Mário já demonstrava talento para a música.  Já cantava e tocava. E num festival estudantil em 1974, na cidade de Olímpia, representou a escola de Severínia cantando em parceria com um irmão. A dupla Mário e Tiãozinho, inclusive, recebendo premiação. E a tendência para a música era um  fato que se consolidaria nos Anos 80, quando forma a primeira versão da dupla Heitor & Henrique, gravando o primeiro LP. Posteriormente, mudou de parceiro e o nome permaneceu. Nos Anos 90 viria um segundo LP, em 1993. E a dupla permaneceu até 1998, quando houve a separação. A partir daí continuou cantando em eventos e compondo. Vários artistas gravaram músicas suas. Dentre eles citamos o  saudoso Juliano Cesar (Rumo a São Paulo),  Gian e Giovani (Abre a Janela), Mazinho Quevedo (Alma Caipira) e três outros álbuns, Lady e Laura (Vento Mensageiro), Rosimar e Rosicler (Reprises), Roberto e Meirinho (Tá No Coração), Guilherme e Gustavo (Abre a Janela) e , recentemente,  Joel Marques (Tempo de Plantar) e Celita (A Viola e Eu). Eu tenho a satisfação de ter no youtube, uma playlist criada pela nossa amiga Renata Coutinho (Sibilah Promoção Artística), com mais de cinquenta obras em parceria com o Heitor.  Todas na voz dele.

Em Bebedouro, Heitor (17)ao lado do cantor Daniel e 
do saudoso amigo ZIQUITA (16).

          Naquela  época existiam as categorias dente-de-leite e juvenil. O Mário era um dos craques da nossa geração. Jogando sempre no ataque era um artilheiro nato, um goleador. Havia muito bons jogadores. Era um timaço o elenco que representava a cidade. Todos esses : Furiguinho, Nanda, Celsinho, Tom, Pedrinho, Viana, Zé Barbi, Branco,Tieco, Nandão, Rafael, Genito, Dí Camacho, Tavico, Maurício, Félix, Luis Iési  e o Dá ou Adalberto,  foram contemporâneos de Mário ( hoje o Heitor). Muitos jogariam em qualquer time se tivessem seguido adiante. Um dos garotos dessa geração, o Adalberto,  foi para Londrina jogar no juvenil da equipe paranaense. E de lá, ao final dos anos 80, transferiu-se para a Sociedade Esportiva Palmeiras. O próprio Mário treinou no Moleque Travesso, da Moóca, ou seja,  o C.A. Juventus. Mas entre jogar futebol e trabalhar, naquele tempo, era muito difícil a carreira de jogador. Mário acabou deixando, e com pesar, o sonho do futebol profissional. De volta para o interior, chegou a treinar entre os profissionais do B.E.C. Porém, já sem pretensões de seguir a carreira uma vez que trabalhava.  

         Atualmente, além de produtor, Heitor continua compondo e surge numa parceria com um antigo amigo da capital,  NIL BERNARDES ( cantor, produtor e compositor ).

https://www.youtube.com/playlist?list=PLvgGbx4MBqakaDAJzgMayoIf4Dc9HfZ7K

CLIQUE no link acima e ouça...

           HEITOR, o Mário de outrora é gente da nossa terra: SEVERÍNIA... da bola à viola fazendo história.

Redação de J. Maurício.
"Se DEUS é por NÓS quem será contra NÓS"